Eisner Awards 2009



Foram anunciados nesta sexta-feira, 24 de julho, na Comic Con (o maior evento nerd do universo… e além) em San Diego, os vencedores do Eisner Awards 2009, que seria o Oscar dos quadrinhos, mas não tem tanta politicagem (pelo menos aparente). Como sempre, obras autorais e fora das grandes editoras foram as mais premiadas (a pequena editora Dark Horse levou oito prêmios, por exemplo, enquanto às gigantes Marvel e DC restaram um e dois, respectivamente).

Confira alguns dos principais prêmios (e sim, este será um daqueles posts logos sobre premiações onde eu comento as categorias que bem me interessam, agradeço ao diretor, ao ótimo elenco, aos produtores, sobe a musiquinha, eu não me toco, alguém gentilmente pega no meu braço, eu continuo a falar, me puxam pra fora do palco…)


Melhor escritor: Bill Willingham, de Fábulas e House of Mystery (Vertigo, DC). É uma pena que a obra-prima de Willinghan não seja publicado como deve no Brasil, após o fiasco da Pixel. Uma série muito bem estruturada (beneficiada, inclusive, por já ter seu fim decretado na 100ª edição), com personagens não só bem conhecidos (afinal, são Bela Adormecida, Chapeuzinho Vermelho e Lobo Mau, dentre outros) como bem desenvolvidos.

Melhor desenhista: Guy Davis, de BPRD (Dark Horse). Todos os desenhistas que passaram pelo universo do Hellboy, desde Mike Mignola, além de terem estilos familiares uns aos outros sãom de altíssimo nível. Davis venceu o brasileiro Gabriel Bá, que, aliás, também está fazendo uma nova série do Vermelhão.

Melhor Capista: James Jean, de Fábulas (Vertigo, DC) e The Umbrella Academy (Dark Horse). Vencendo pelo sexto ano consecutivo, seus trabalhos são uma obra-prima. Novamente, Gabriel Bá ficou para trás, mesmo que merecidamente (não sejamos ufanistas).

Melhor Colorização: Dave Stewart, de várias séries, entre as quais: DPRB, The Goon, Hellboy e The Umbrella Academy (Dark Horse). Quem teve oportunidade de ler The Goon, ou o arco que Stewart e Eric Powell (criador de Goon) fizeram junto a Geoff Johns e Richard Donner em Superman (no Brasil, Superman 72 e 73) sabe como a arte de Stewart é bonita e dá às histórias um ar de fábula.

Melhor Série: Grandes Astros Superman, de Grant Morrison e Frank Quitely (DC). Terceiro prêmio da obra que deveria ser encarada com a bíblia dos quadrinhos de Super-heróis: Ingenuidade, ação, comédia e o completo desrespeito pelas leis da física.

Melhor Mini-série: Hellboy: The Crooked Man, de Mike Mignola e Richard Corben (Dark Horse). Embora não seja mais responsável pelo visual da série da sua mais famosa e diabólica criação, Mignola continua afiado e em companhia de ótimos desenhistas. Parte do sucesso de Hellboy é sua estrutura: Mini-séries que, embora se relacionem numa certa coesão, são livres o suficiente para encantarem o leitor de primeira viagem.

Melhor Nova Série: Invencível Homem-de-Ferro, de Matt Fraction e Salvador Larocca (Marvel). Embora um bom trabalho de ambos (e Larocca finalmente voltou a desenhar bem, após anos), não chega nem perto de Air e Madame Xanadu, ambas da Vertigo. Ficou com gosto de prêmio de consolação, por ser o único prêmio da Marvel. Bem, esta categoria deverá ser facilmente ocupada por wednesday comics em 2010.

Melhor Publicação Infantil: Tiny Titans, de Art Baltazar e Franco (DC). É uma pena que, provavelmente, esta série (que tem agradado muitos marmanjos) não aportará em terras brasileiras. Se todas as crianças fossem criadas com literatura tão inteligente e divertida quanto esta dos bebês titãs, teriamos uma geração bem surpreendente pela frente.

Melhor Publicação Juvenil: Coraline, de Neil Gaiman, por P. Craig Russel (HarperCollins Children’s Books). Apesar de ser baseado na obra do britânico, o nome de Gaiman já é chamariz de qualidade, não? Além do mais, quem conferiu a animação, sabe como Coraline é instigante.

Melhor Livro relacionado a quadrinhos: Kirby: King of comics, de Mark Evanier (Abrams). Já tive a oportunidade de dar uma rápida folheada neste livro, e espero que chegue ao Brasil, pois é uma obra fundamental para quem se interessa pela história da nona arte. Kirby foi o braço direito de Stan Lee na criação dos personagens mais icônicos da Marvel e, após desentendimentos com o parceiro, criou o Quarto-Mundo, na DC Comics, com DarkSeid e Os Novos Deuses, conceito que está sendo trabalhado em Crise Final, nova mega-saga da DC Comics.

Para todas as categorias e mais informações, acessem o site da Comic-Con.
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